O Movimento Internacional Maio Amarelo nasceu há cerca de cinco anos com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas em todo o mundo.
Infelizmente, todos os dias, os animais domésticos e silvestres também são vítimas das irresponsabilidades no trânsito 🙁
Anualmente, são criadas campanhas com foco em educação, conscientização e medidas mais seguras para o trânsito, mas despertar a atenção para o transporte adequado de animais, cada vez mais presentes nas atividades diárias das famílias, também é fundamental.
TRANSPORTE DE ANIMAIS DENTRO DO CARRO
Opções de acessórios para o transporte de pets não faltam no mercado.
O que falta, muitas vezes, é o bom senso dos tutores: muitos levam os animais no colo de um passageiro, achando que desta forma estarão seguros, ou deixam seus cães soltos dentro do carro para que possam colocar o rosto para fora da janela.
Nosso Código de Trânsito Brasileiro determina algumas formas mais adequadas para transportar nossos pets, como a obrigatoriedade do uso de peitoral e guias adaptadas ou ainda dentro das caixas de transporte fixadas ao veículo.
O risco não se restringe aos animais e nem tampouco a um acidente: basta uma freada brusca para um pet ser arremessado dentro do carro, se ferindo ou podendo machucar alguém.
Segundo informações da Sleepypod, se um veículo sofrer uma colisão a uma velocidade de apenas 48 km/h, por exemplo, um cão de 35 kg projeta mais de uma tonelada de força durante o impacto.
ATROPELAMENTOS
Os acidentes mais comuns envolvendo animais no trânsito são atropelamentos, principalmente em avenidas movimentadas e nas estradas urbanas e rurais, ou pelo transporte inadequado dentro do veículo.
É importante ressaltar que, em caso de atropelamento de animais, a omissão de socorro pode ser considerada crime ambiental.
A lei considera maus tratos abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assistência veterinária.
COMO TRANSPORTAR ANIMAIS DENTRO DO CARRO
1 – Caixas de transporte
A opção mais segura para gatos, aves, roedores e pequenos mamíferos são as caixas de transporte. A primeira medida é verificar o tamanho ideal. A caixa deve possibilitar que o animal fique em pé e que possa rotacionar dentro da caixa.
É fundamental que a caixa de transporte seja presa ao cinto de segurança, caso contrário, também pode ser arremessada em caso de acidentes ou freadas.
Também não é recomendado levar a caixa de transporte no porta-malas. Mesmo que ela possa ser fixada, a má ventilação é perigosa e gera estresse para o animal.
Quando não houver alternativa, deve-se colocar a caixa sem o tampão do porta-malas e refrescar a temperatura interna do veículo.
2 – Cinto de segurança
O cinto de segurança é uma ótima opção para transportar cães, pois além de seguro, o cachorro pode visualizar o tutor e a paisagem externa, ficando mais calmo e sofrendo menos com temperaturas mais altas.
É importante frisar que o cinto de segurança deve ser usado com um peitoral, pois este distribui os pontos de impacto. Se o cinto for usado com uma coleira ou enforcador pode gerar asfixia e lesões na coluna cervical durante um impacto.
3 – Cadeirinha para pet
Para cães de pequeno e médio porte (até 15 kg), também existe a opção de cadeirinha, que restringe a área de circulação do pet, mas permite que ele interaja com o ambiente.
O importante é seguir as recomendações do fabricante quanto à fixação da cadeirinha no banco traseiro e prender o gancho de segurança no peitoral do animal.
RISCOS E CUIDADOS EXTRAS
- Os animais não devem ser transportados na caçamba de pick ups. Além de não possuir o suporte adequado para o transporte, o animal seria facilmente arremessado em freadas bruscas, curvas ou acidentes.
- Em viagens ou passeios mais demorados é necessário realizar uma parada a cada duas horas para que o animal possa se movimentar, fazer as necessidades, beber água e se alimentar em pequenas quantidades.
- Para animais que sentem náuseas ou ficam muito estressados com viagens é possível administrar medicamentos que reduzam os sinais. No entanto, isso deve ser feito com orientação de um veterinário.
Cuide do seu amigão, não o deixe solto para “dar uma voltinha” e não o leve para o passeio sem guia. Ele atravessa a rua com a inocência de uma criança!